Pois bem, não precisei de muito para gostar (e bastante) de Woody Allen, depois de assistir à obra prima da década de 80 "A Rosa Púrpura do Cairo". Mas na última semana me dediquei a conhecer seu trabalho mais a fundo, e vi seus praticamente três primeiros filmes.
"Um Assaltante Bem Trapalhão" ("Take the Money and Run", 1969), seu primeiro como diretor e roteirista (antes já havia dirigido um filme, mas com outro diretor, o que dá a esse quase um caráter de "estréia"), é também o que achei mais engraçado até então. De fato, faz rir por besteiras, mas com uma classe que só Woody Allen tem. Não consigo imaginar outro exemplo de humor bobo e ao mesmo tempo fino, como nesse caso. Putz, é muito bom.
"Bananas" já é um humor mais politizado, sem perder a inteligência e a classe. O filme feito em 70 (mais precisamente, 1971), tem pelo menos uma cena que é completamente atual, ou que talvez, ganhe mais dimensão hoje do que já teve há 30 anos atrás ou em qualquer outro momento da história. No momento em questão, a lua de mel do casal principal é coberta pela imprensa. O que é isso, senão o fim da privacidade na era contemporânea e a febre dos reality shows?
"Tudo que você sempre quis saber sobre sexo", do ano seguinte, é no final das contas um deboche com o próprio sexo. Trata-se de uma série de histórias avulsas, como curta-metragens, que falam (ou mais ou menos isso), sobre o tema em questão. A última é genial. Coisa de Woody Allen. E hoje quando lembro das afirmações que ele fazia envolvendo Kubrick (e também Bergman, quando esse morreu), eu sorrio.
e é um lindo sorriso
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