terça-feira, 15 de setembro de 2009

Marley, eu e o Cinema norte-americano

Assisti ao filme "Marley e Eu" no último domingo. Já devia ter ido preparado, sou meio sensível pra questões que concernem aos animais. Antes de assistí-lo, já tinha escutado algumas pessoas dizerem que choraram rios e que é um filme triste, etc., etc. As expectativas foram meio duais: por um lado, se tratava de uma adaptação de um dos grandes best sellers dos últimos anos; de outro, uma boa crítica do Pablo Villaça, geralmente exigente, além dos já citados "choros de final de filme".

É claro que alguns pseudo-intelectuais já devem ter descartado o livro só pelo fato de ser um mega sucesso, e consequentemente, o filme. Eu mesmo confesso nunca ter me interessado pela obra escrita, mas esses tipos de pré-julgamento às vezes usufruir certas emoções.

O filme é tipicamente norte-americano: uma comédia leve, com alguns momentos bem enfeitados e até mesmo, forçados. Mas deve-se admitir que a escolha de mostrar Marley como um cão e simplesmente isso, foi bem acertada. Não tenta-se mostrar um cachorro que é mais que isso; ele é um cachorro que vive na casa de seus donos. Poderia ser o nosso.

Eu preciso admitir que não consegui escapar, e também acabei o filme chorando. E se não tivesse me segurado, seria chorando muito. Se antes do terceiro ato, era um filme até meio bobinho, divertido, e ainda víamos Owen Wilson como o ator de comédias que é, a reta final toma um rumo competente. O próprio ator está bem no final; é seu grande momento. Mas a questão é uma: a história se sobressai sobre a linguagem, sendo isso uma virtude ou não. Os momentos finais da vida de um cachorro, pra quem já teve um, tem, ou gosta deles, é realmente duro. Duro demais.

Talvez o filme não trabalhe diretamente tudo que um cão representa. Ele simplesmente acompanha a vida do casal (com altos e baixos durante esse tempo, cinematograficamente falando), e o cão está lá, durante todos os anos. Os filhos nascem, crescem; o casal briga, se reconcilia; os empregos vão... Marley está lá. De certa forma, é até uma abordagem passiva.

Gostaria de falar mais sobre o filme; analisar mais profundamente seus aspectos, tanto técnicos quanto intelectuais. Não consigo, pelo menos agora. Sei que quando desliguei a televisão, minha vontade era abraçar meu cachorro. Me dói pensar quando vai chegar a sua hora, inevitavelmente. É como se nós merecessemos isso; eles, eles não.

Acabei dormindo ao seu lado.

Um comentário:

  1. Esse filme é interessante... Pelo menos teve algo bem interessante para mim...
    Não sou do tipo que gosta de cachorro (é.. sou estranha ¬¬.. mas eu tenho medo! rs.. é inevitável! até de poodles!)
    Não estava animada a assistir, embora todos meus amigos afirmassem que era 'lindo e emocionante'...
    Então, lá fui eu também (durante uma madrugada de insônia nes férias!)...
    Também achei o ínicio típico de comédia romântica normalzinha (e nem por isso ruim, diga-se de passagem!).
    Mas o filme mostra a relação do Marley com seus donos de uma tal forma que todos realmente podem pensar que 'podia ser eu!' ali! Até eu pensei! (E tive muuuuuita vontade de ter um Marley - obs: eu NUNCA quis ter um animal de estimação antes, no máximo um peixe.. rs)
    Resumindo: adorei o filme, adorei o Marley e, tcharã-rã-rããããã -> chorei. rsss
    Achei que ficou tudo na medida... lindo! rs E também não farei nenhum tipo de análise técnica (chega de aula do Mariani!)... Enfim, é isso.

    Ah... só pra consetar: Seu blog está ótimo, querido! Continue assim! ;) E quando tiver coisa nova me avisa, pois sou esquecida e acabo não entrando em blogs de novo! ;p

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