É muito difícil falar de obras que transcendem palavras, ou melhor dizendo, que as dispensa em seu discurso básico. Afinal, usar palavras quando a arte não o faz, é uma tarefa no mínimo arriscada. Mas mesmo assim, ao pensar no longa "Diário de Sintra", da cineasta e artista visual Paula Gaitán, vale dizer que ela fez um trabalho claramente delicado, com forte domínio técnico, além de explorar caminhos possíveis para o documentário e o para o próprio Cinema. Além disso, é um filme altamente emocional e pessoal, autêntico, que dialoga deliberadamente com as artes visuais, alcançando um resultado no mínimo, bem vindo.
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